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Lobectomia


O termo lobectomia se refere à remoção cirúrgica completa de um lobo, que pode ser do pulmão, tireoide, cérebro ou fígado. Especificamente no caso da lobectomia pulmonar, consiste na retirada de um dos 5 lobos existentes no órgão que esteja acometido por uma doença. 


Para a sua execução, é preciso dissecar, isolar e seccionar os vasos e brônquios específicos do lobo que será retirado. 


A cirurgia pode ser realizada de três formas: Toracotomia (cirurgia clássica aberta),  videotoracoscopia ou robótica.

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Tipos de Lobectomia

A cirurgia pode ser realizada de duas formas: Videotoracoscopia ou robótica.


  • Videotoracoscopia

    O uso do vídeo é um avanço ao procedimento clássico, conhecido como toracotomia, que consiste em uma incisão na parede lateral do tórax, seguida do afastamento das costelas.


    A videotoracoscopia é uma opção minimamente invasiva. Com pequenas incisões e o auxílio de uma microcâmera, é possível visualizar o órgão e realizar a retirada do lobo com eficiência, precisão e segurança.


  • <>Robótica

    Esse tipo de cirurgia consiste no avanço tecnológico da cirurgia  minimamente invasiva. Nesta modalidade o procedimento  é realizado por um robô controlado pelo cirurgião.


    A principal vantagem é a maior precisão e delicadeza dos  movimentos, gerando maior segurança ao procedimento. 

Quando é indicada?

A lobectomia pulmonar costuma ser indicada especialmente no tratamento do câncer de pulmão em estágio inicial. Com a remoção do lobo, é possível minimizar a recorrência local do tumor, enquanto todos os tecidos linfáticos que acompanham os vasos e brônquios são ressecados por completo.


Outros casos em que ela é indicada são:

  • Bronquiectasia;
  • Metástases pulmonares;
  • Malformação congênita do pulmão;
  • Demais situações raras que podem lesar o pulmão.


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Cuidados Pré-Operatórios

O paciente deve passar por uma série de avaliações físicas antes da cirurgia, para certificar-se que não terá qualquer problema durante a anestesia e o procedimento em si. Alguns dos exames comuns a serem solicitados são:

  • Sangue, para verificar as taxas sanguíneas e o nível de açúcar, permitindo detectar a existência de alguma doença prévia, como diabetes;
  • Eletrocardiograma e Ecocardiograma  visando avaliar a função cardíaca. 
  • Prova de função pulmonar, para avaliar a capacidade respiratória e o eventual impacto na remoção do lobo.


Além disso, geralmente é solicitado que o paciente esteja em jejum por pelo menos 6 horas antes da cirurgia.

Cuidados Pós-Operatórios

Após a cirurgia, o paciente fica com um dreno no tórax, removido geralmente entre o 1º e 4º dia. Geralmente após a retirada do dreno e a redução da dor, ele pode receber alta hospitalar.


É possível retomar as atividades normais após duas semanas ou mais, dependendo de alguns fatores. É válido ressaltar que é necessário evitar esforço excessivo durante, pelo menos, 15 dias após a cirurgia.

Principais Dúvidas


  • Vou sentir falta de ar após a retirada do lobo pulmonar?

    Nosso sistema respiratório tem bastante redundância, em muitos casos, é possível retirar até um pulmão todo sem causar nenhum impacto significativo na respiração do paciente. 


    Contudo, muitos dos pacientes que necessitam de cirurgia pulmonar têm alguma doença que pode comprometer a função do pulmão. Portanto, antes da cirurgia sempre fazemos uma prova de função pulmonar para estimar qual o impacto da retirada do lobo em sua respiração. A cirurgia só será realizada se o impacto for baixo.

  • Essa cirurgia é dolorosa?

    Infelizmente, a cirurgia torácica é uma das cirurgias mais associadas à dor. Isso porque nossos instrumentos, assim como o dreno de tórax, acessam o tórax entre as costelas. Nesse espaço entre as costelas, temos o nervo intercostal e este nervo fica comprimido, seja pelos instrumentos ou pelo dreno, e isso pode provocar dor depois da cirurgia.


    Atualmente, utilizamos técnicas menos invasivas, como a cirurgia robótica ou a videotoracoscopia, que agridem menos o nervo intercostal. Este fato, associado às melhores técnicas anestésicas que utilizamos atualmente, nos permite um controle melhor da dor no pós-operatório.

  • Qual o risco de uma lobectomia?

    Como todas as cirurgias, a lobectomia tem riscos e estes riscos são calculados. O risco de morte, que é o maior receio de todos, é realmente baixo, menor que  0,5%, conforme os trabalhos mais recentes. 


    O risco de complicações é da ordem de 20% e a complicação mais frequente é a necessidade de permanecer com o dreno por mais de 5 dias (10%). Outras complicações menos frequentes são complicações infecciosas, como pneumonia ou infecção urinária ou da ferida cirúrgica, complicações cardiovasculares e complicações gastrointestinais. Pacientes que não têm outras doenças apresentam menos chance de desenvolver complicações no pós-operatório.

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